Um grupo da Universidade de São Paulo (USP) criou um snack sem similares no mercado, que além de ter baixas calorias, sua porção representa quase 20% da recomendação diária de fibras alimentares. A indústria alimentícia já pode comprar a patente
Laura Lopes
Se você gosta de guloseimas, vai adorar essa notícia. Um grupo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) desenvolveu um salgadinho que tem 0,1% de lipídios – os produtos tradicionais costumam ter até 22%. Além de menos gorduras e calorias, ele tem 15,3% de fibras, pouco comum nesse tipo de alimento industrializado – o normal é ter apenas cerca de 2%. Para se ter uma idéia, isso significa 4,6 gramas de fibras alimentares por porção, equivalente a uma fatia de pão integral, ou a quase 20% da recomendação diária na dieta de um adulto. De acordo com os pesquisadores, o produto não tem concorrentes no mercado e pode ser considerado light, isento de gordura e uma fonte de fibra.“Defendemos uma dieta saudável, e não sugerimos este produto como uma opção a frutas, por exemplo. Estes snacks são uma opção aos salgadinhos convencionais”, afirma a pesquisadora Vanessa Caprilles. O grupo, orientado pelo professor José Alfredo Gomes Arêas, já conseguiu a patente do produto. A boa notícia é que o edital para a transferência dessa tecnologia à indústria alimentícia foi aberto nesta quinta-feira (26). Em breve, o alimento poderá ser produzido em escala industrial e será um alívio calórico para os viciados em salgadinhos – e para a consciência das mães, preocupadas com a alimentação dos filhos. O segredo do novo produto é a mudança no processo de aromatização, que dá cheiro e sabor ao salgadinho. Em vez de usar altas doses de gordura, os pesquisadores adicionaram inulina (açúcar de baixa caloria) e oligofrutose (fibra) – que podem contribuir para o equilíbrio da flora intestinal. Mesmo com a troca, o snack agradou o paladar das pessoas que participaram do estudo. Segundo Vanessa, o salgadinho pode ser feito com os mesmos sabores tradicionais, como queijo, presunto, bacon, picanha. O grupo se preocupa em melhorar o valor nutritivo dos snacks desde 2001 e criou também uma versão rica em ferro, que ajuda no combate à anemia infantil. "Apesar da sua baixa qualidade nutricional, os salgadinhos fazem parte dos hábitos de consumo da população, em especial crianças e adolescentes”, diz Vanessa.
Laura Lopes
Se você gosta de guloseimas, vai adorar essa notícia. Um grupo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) desenvolveu um salgadinho que tem 0,1% de lipídios – os produtos tradicionais costumam ter até 22%. Além de menos gorduras e calorias, ele tem 15,3% de fibras, pouco comum nesse tipo de alimento industrializado – o normal é ter apenas cerca de 2%. Para se ter uma idéia, isso significa 4,6 gramas de fibras alimentares por porção, equivalente a uma fatia de pão integral, ou a quase 20% da recomendação diária na dieta de um adulto. De acordo com os pesquisadores, o produto não tem concorrentes no mercado e pode ser considerado light, isento de gordura e uma fonte de fibra.“Defendemos uma dieta saudável, e não sugerimos este produto como uma opção a frutas, por exemplo. Estes snacks são uma opção aos salgadinhos convencionais”, afirma a pesquisadora Vanessa Caprilles. O grupo, orientado pelo professor José Alfredo Gomes Arêas, já conseguiu a patente do produto. A boa notícia é que o edital para a transferência dessa tecnologia à indústria alimentícia foi aberto nesta quinta-feira (26). Em breve, o alimento poderá ser produzido em escala industrial e será um alívio calórico para os viciados em salgadinhos – e para a consciência das mães, preocupadas com a alimentação dos filhos. O segredo do novo produto é a mudança no processo de aromatização, que dá cheiro e sabor ao salgadinho. Em vez de usar altas doses de gordura, os pesquisadores adicionaram inulina (açúcar de baixa caloria) e oligofrutose (fibra) – que podem contribuir para o equilíbrio da flora intestinal. Mesmo com a troca, o snack agradou o paladar das pessoas que participaram do estudo. Segundo Vanessa, o salgadinho pode ser feito com os mesmos sabores tradicionais, como queijo, presunto, bacon, picanha. O grupo se preocupa em melhorar o valor nutritivo dos snacks desde 2001 e criou também uma versão rica em ferro, que ajuda no combate à anemia infantil. "Apesar da sua baixa qualidade nutricional, os salgadinhos fazem parte dos hábitos de consumo da população, em especial crianças e adolescentes”, diz Vanessa.
